terça-feira, 29 de setembro de 2015

Antes e depois do leitor - Mesa recuperada, casamento feliz!

Um leitor nos enviou seu projeto de reciclagem de uma mesinha, no melhor estilo antes e depois. Só não teve foto do passo a passo, mas a descrição do trabalho está bem explicadinha. Segue aí...

O leitor Alexandre Selleri, casado há pouco tempo, ainda está arrumando o cafofo com a mulher Thais, e reaproveitando móveis dados por parentes. Quem nunca?

Acontece que alguns estão meio detonados pelo tempo e ele resolveu aproveitar a onda do DIY para dar cara nova - e personalidade - a alguns deles.

Mesa lixada, a tinta que ele usou é a Chalk Paint, à base de água misturada com gesso. A vantagem dessa tinta é que ela vai preenchendo a maioria dos poros da madeira quando aplicada, além de secar muito rápido. Mas atenção para a mistura, pois se você colocar muito gesso a tinta seca rápido demais. A consistência ideal é a mesma de um mingau ralo.

Segundo o leitor, não precisa se preocupar com o sentido da pintura. A tinta tem uma ótima cobertura, mesmo com apenas duas demãos. Ele optou por não lixar e não dar nenhum acabamento, mas você pode lixar com uma lixa de grão alto (320, por exemplo) para dar um toque mais sedoso, ou ainda lixar até aparecer a madeira em algumas partes, pra dar um toque relic. Há ainda a opção do verniz para finalizar, que pode ser fosco ou com brilho. Tudo ao gosto do freguês.

E como o leitor comentou que não pôde fazer fotos do passo a passo porque se sujou muito de tinta, fica outra dica, dessa vez do blog: Aloooouu!!! Luvas, sempre, né??

Taí o resultado:


Qual o seu projeto?
Até o próximo!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Prateleira de dry wall no banheiro - Aproveitando as sobras II

O princípio básico do DIY (Do it yourself, ou "faça você mesmo") é o reaproveitamento de materiais, principalmente os que você já tem em casa dando bobeira ou atravancando algum espaço. Já comentei que no cafofo isso acontece com seis placas inteiras de dry wall deixadas pelo pedreiro que fez o rebaixamento no teto, ocupando o quarto que um dia virá a ser um home office.

Decidi usá-las para fazer alguns móveis que estão faltando, e a primeira experiência foi uma prateleira para colocar o micro-ondas, que ainda não caiu. Decidi partir para outras empreitadas, como uma prateleira para o banheiro que ficou super fofo com o tecido na parede. 

Na falta de uma serra tico-tico, usei uma serrinha mesmo, mas o corte tem que ser minucioso para não ficar torto. Freddie Mercury foi lá conferir para ver se eu estava fazendo direito.


Cortei duas placas, 20 x 40cm e 10 x 40cm. Como tem a superfície porosa, o dry wall precisa de acabamento em toda a sua volta. Usei adesivo vinílico, branco mesmo. 


Você pode usar sobras de madeira ou prateleiras antigas ociosas, usando o mesmo tipo de acabamento para reformar ou dar uma cara nova a elas. Lady Snow também foi lá dar uma conferida.


Dica para o acabamento nos cantos: dê dois cortes, o pedaço do meio vai para baixo e os dois da ponta fecham no meio. Mais ou menos como você encapa caderno com plástico. 


Comprei duas mãos francesas na medida do pedaço maior para montar a prateleira e pendurá-la no banheiro. Aí você me pergunta: mas se é uma prateleira só, por que você cortou dois pedaços?

Tã dã!


É que decidi colocar ganchos para pendurar toalha e outros penduricalhos de banheiro. No caso, não são ganchos, mas puxadores de resina para gaveta. Eu escolhi flores-de-lis para combinar com a parede, que ficou bem menininha, mas no mercado há vários modelos disponíveis para você escolher e combinar com o estilo do banheiro.


Aqui o resultado, com o porta-algodão, que eu fiz com as sobras do tecido da parede, as bonequinhas de cerâmica e a toalha no seu devido lugar.


Fácil, fácil.
Até o próximo!

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Aqui também tem post cueca - Dicas para fazer um bar em casa

Você sabe que toda moda segue uma certa tendência, cai em desuso e depois de um tempo volta com um nome e uma roupagem diferentes. Assim também é com a decoração. Não é à toa que existe uma linha baseada na fofurice de décadas passadas sob a alcunha de vintage.

Quem viveu nas décadas de 70 e 80 (olha a criatura entregando a idade) lembra que ter um bar em casa era o máximo, porque na novela todo mundo chegava a algum lugar e se servia de um copo de uísque com gelo que nunca derretia dentro do balde que ficavam em cima de um carrinho com rodinhas. A moda do bar em casa voltou, mas com uma pegada totalmente nova. Thank God!

O bar em casa agora tem uma cara de amigos reunidos e ambiente descontraído, e se esse estilo tem a ver com você por que não criou o seu ainda? Aqui vão boas – e possíveis – ideias para montar um.

Na onda da sustentabilidade e reaproveitamento de materiais, os caixotes de feira e os pallets são ótimos para isso, e nem precisam de uma transformação tão grande. Eles têm tamanhos e encaixes perfeitos para acomodar garrafas e copos. Só encontre um pallet melhor, esse da foto está bem caidinho...




Um tubo de PVC com os furos do tamanho certo e preso à parede dá um genial porta-garrafas, além de ocupar pouco espaço, enquanto um nicho com pés palito (tendência dos anos 70 desenterrada recentemente) e adesivo ou papel de parede no fundo dá uma cara nova ao bar de canto de sala. Só compre um papel decente, não vá aproveitar as sobras do quarto da sua sobrinha, né?




Se você manja um pouco dos parangolés de marcenaria, os dois suportes abaixo são super fáceis de fazer. Até eu faria se tivesse as ferramentas. 




Mas se a preguiça impera nesse corpo, você tem outra opção. Arranje um aparador ou caixote de madeira, lixe, pinte – que isso é moleza! – e compre os suportes de taça e garrafa já prontos, como estes:

 

Detalhe que o segundo suporte de taças é de encaixe, nem precisa parafusar. Mais fácil que isso só se eu for aí fazer...

E finalmente, não se esqueça de fazer uma graça no seu bar em casa para sinalizar que ali é lugar de diversão como se a bebida já não bastasse. Porta-rolhas/tampas de garrafa de cerveja, quadrinhos no seu estilo, objetos de decoração com garrafas de bebida, letreiros neon... ao seu gosto.






Cheers!
Até o próximo!

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Tecido na parede - Mais fácil do que você imagina

Uma das primeiras coisas que eu fiz no cafofo foi pintar as paredes do banheiro, que são de azulejo até o meio da parede. Escolhi um rosa escuro porque queria usar a paleta do roxo nos objetos. Abaixo o antes e depois desta etapa:


Não ficou ruim, mas na hora que coloquei a cor escura todos os defeitos da parede - que foi muito mal emassada - apareceram. Não, gritaram! Como essa é uma das poucas coisas que eu (ainda) não sei fazer numa reforma, precisei arrumar um meio de tapar aquela monstruosidade. Cogitei colocar os azulejos até o teto, mas aí não ia ter o meu toque pessoal...

Sempre achei um luxo banheiro com papel de parede, e recentemente os sites e revistas de decoração estão dando a dica de colocar tecido. Pesquisei por um próprio, já adesivado: Uma fortuna! Partiu plano B, de novo! Pesquisei na internet um passo a passo bem explicado para aprender. É como diz o ditado: Se não tem no Google, não existe!

O melhor tecido é o gorgurão, que custa por volta de R$ 25 o metro, é encorpado e tem algodão em sua composição, o que facilita a aderência na cola. Falando nela, a melhor é a branca, aquela que as crianças usam na escola e quase todo o mundo tem em casa. Atenção: Se você comprar goma arábica por engano, troca porque não serve. É, dei mole...

Para saber quanto de tecido vai precisar, você calcula o metro quadrado (altura x largura) da área a ser coberta. Dica: Eu cobri uma faixa estreita, menor que a largura padrão do tecido (geralmente de 1,40m), e usei o desenho ao contrário do comprimento (ele era de listras horizontais). Neste caso, calcula-se apenas a largura da área total e descarta-se o resto do tecido, porque senão é preciso fazer uma emenda horizontal no meio da parede.

Para aplicar, meça a altura da parede e corte um pouco a mais. Dilua a cola com um pouco de água, cerca de um terço da quantidade de cola, ou menos. Ela precisa ficar líquida para ser espalhada com facilidade, mas se ficar muito rala não vai segurar o tecido tão bem. Espalhe com um rolinho de espuma, dando especial atenção nos cantos, e deixe rebarba por todos os lados, assim:


Uma espátula para esticar o tecido facilita absurdamente sua vida nessa hora.


As sobras do tecido são retiradas depois, com um estilete bem afiado. Espere secar bem para esse processo, de preferência faça só no dia seguinte.


Como no meu banheiro o final do tecido fica na altura dos olhos, tive que inventar um acabamento, pois por mais que se corte com precisão sempre ficam uns fiapos. Decidi usar uma fita de seda.

Se for usar algum acabamento, use a cola sem diluir

Aqui o resultado final:

O escândalo de prateleira fui que fiz também, mas conto em outro post

Do outro lado:

Os quadrinhos estão em diagonal porque não são exatamente do mesmo tamanho. No caso de um jogo perfeito, o ideal é colocá-los alinhados

Ahazei!
Até o próximo!

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Nem tudo que está na revista é cult - Dicas bizarras de decoração

Você adora ver dicas de decoração, certo? Tanto que está lendo este blog. Sempre tem as dicas que podemos adotar, pois são simples e possíveis - como as que eu costumo postar -, e aquelas que são lindas mas apenas uma utopia, por que foram feitas para super casas ou custariam uma nota colocá-las em prática.

E existe ainda uma terceira categoria: As dicas bizarras de decoração. São aquelas que você olha e pensa "meu Deus, quem faria isso na própria casa?", ou algo no tipo. Eu separei algumas, no mínimo, risíveis, e outras que você nem acredita que estiveram numa revista ou site do assunto.


 Sua cozinha merece coisa melhor para organizar utensílios que um tijolo, né?


E falando em organizar utensílios, essa aqui deu uma viajada. As coisas parecem flutuar pela cozinha... Que coisa estranha!


Ainda na cozinha, quem usaria um escorredor de massa como lustre? Sem falar que a iluminação deve ficar péssima.


Formas de pudim coloridas na parede. Apenas pare!


Eu adoro cor na decoração, mas seu uso tem que ser ponderado. Não dá para usar tudo ao mesmo tempo, sem nenhuma razão de ser.


Gente, cortina de fundo de garrafa pet não fica boa nem na foto, fala sério...


Essa ideia aí eu nem vou comentar...


Por mais que eu seja adepta da reciclagem, tudo tem limite! 


Uma parede de câmaras de pneu de bicicleta? Really??

Acima de qualquer coisa, decoração é bom senso. Se alguém sorrir amarelo ou deslocar a sobrancelha para algo que viu na sua casa, repense.
Até o próximo!

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Uma sala para as pessoas da casa

Gente, esse negócio de DIY pega! O namorado, que nunca foi ligado nessa parada de decoração de interiores, quis mexer na sala do apartamento toda, e é claro que eu dei palpite uma ajudinha.

Antes de decorar um ambiente você tem que analisar para quê ele vai servir. Que pessoas farão uso do local, de que maneira e com que frequência. A casa tem que ser adaptada a seus moradores, e não o contrário. Uma sala, por exemplo, pode ter muitos usos.

Como não tinha paciência para esse lance de decoração, namorado (que é low profile e não quer aparecer) comprou meio na correria os móveis do apartamento. Resultado: Um sofá muito menor do que a sala e que não servia bem aos propósitos de comportar dois meninos (os filhos) para ver TV e jogar videogame. E, de quebra, ele ainda aceitou de uma tia uma cadeira de balanço que fica totalmente perdida no ambiente. Pronto, falei!

Aqui o antes. Muito formal...

Além de fazer uma sala mais confortável para se assistir TV e receber visitas, namorado queria tornar o lugar mais atrativo para os meninos. Como os três são praticantes de jiu-jitsu, ele resolveu colocar um tatame na sala, que agora serve para todos os propósitos bastando apenas uma pequena adaptação em cada uma das atividades.

Com seis placas de espuma de 1x1 a sala se transforma num tatame

Na hora de ver TV é só espalhar um edredom bem fofo e almofadas, comprados especificamente para este fim...

As almofadas grandes ganharão capas lisas, que terão que ser confeccionadas sob medida (como é difícil encontrar capa 60x60!)

E quando não se está lutando nem vendo TV, empilha-se as placas e faz-se um sofá, aumentando a capacidade da sala e tornando-a mais confortável.

Muito mais intimista

Santo de casa faz milagre, sim!
Até o próximo!

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Direto da terra do sol nascente - O terceiro Antes e Depois dos leitores

O terceiro Antes e Depois dos leitores veio do outro lado do mundo. Gina Wakugawa mora no Japão há 12 anos (e segue o blog - orgulho!), adora customização e reutilização de materiais, e costuma comprar móveis usados para recuperar. Ela trabalha como manicura em casa, e queria dar mais conforto às clientes, mas com personalidade para combinar com a salinha fofa onde ela atende.

Dando uma volta numa loja de usados na terra do sol nascente, ela se deparou com uma poltrona velhinha, coitada, mas com um tremendo potencial (adoro gente visionária!) de se transformar em algo bonito e descolado. Pagou o equivalente a R$ 50 e convocou o marido para ajudá-la na missão.


À esquerda a poltrona detonada e à direita depois de passar pelo spa da Gina

Os tecidos ela já tinha, então foi só desmontar a poltrona, tirar toda a forração e fazer uma nova na máquina de costura que ela domina. No assento ela colocou mais manta acrílica para deixar o popô das clientes mais confortável. Aí foi só prender tudo com grampeador para estofados. Como a gente vê, a Gina manja nos paranauês de estofamento. Aí fica fácil!

A sala onde Gina atende, chamada de esmalteria porque ela é phyna

E assim encerramos a primeira seleção de Antes e Depois dos leitores. Espero que muitas outras venham.
Até o próximo!

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Tamanho é documento - Arrumação de salas

Participo de alguns grupos de decoração no facebook, e vejo várias postagens de pessoas que pedem opinião dos demais participantes sobre como arrumar a sala de modo que fique bonita e funcional. Inclusive, recebi a mensagem de uma seguidora do blog pedindo para que eu a ajudasse com a mesma situação, e na maioria dos casos percebo que o problema é que as pessoas não costumam medir seus espaços na hora de comprar os móveis, ou que se mudam para um lugar menor e querem permanecer com os mesmos móveis, que não cabem na nova planta.

A primeira coisa a fazer é idealizar na sala onde cada coisa ficará, e medir tudo. Eu disse tu-do! Uma sala com móveis maiores do que comporta vai parecer muito menor, além de dificultar a circulação e não ficar confortável para os ocupantes, e com móveis menores vai dar um ar de estar faltando algo.

O puff e a chaise fixa estão tomando muito espaço. Neste caso seria melhor colocar um sofá retrátil com uma mesinha redonda que permite melhor circulação

Outra solução legal para salas apertadas é o rack suspenso, como na foto acima. Ele facilita a circulação.

Um dos maiores erros na arrumação da sala é entulhá-la de móveis. Um jogo completo de estofados, estante, mesa de centro, etc., só devem ser usados se houver espaço de modo que fique funcional.

Esta é uma legítima sala apenas para receber, mas note que a TV foi renegada a um canto com uma altura desconfortável. Se o objetivo é fazer uma sala para ambos os objetivos, melhor colocar uma estante em frente ao sofá com o aparelho e deslocar as poltronas para as laterais. Outra solução seria posicionar as poltronas próximo à janela, fazendo um segundo ambiente.

Se você se mudou, adora seus móveis mas eles não cabem, ou se herdou móveis lindos de alguém da família mas eles são demais para sua sala: desapega! Melhor abrir mão da mobília em nome do conforto e da harmonia visual. Na decoração, como em quase tudo na vida, menos é mais!

Exemplo de uma sala com mais móveis do que pode comportar. Se a mesa estiver ocupada impede completamente a circulação de pessoas. Neste caso, o melhor seria trocar a mesa ou retirar o buffet. Se os móveis têm valor sentimental, pelo menos abra mão de alguns...

Para deixar a sala aconchegante a dica é usar tapete, mas tem algumas regrinhas. Ele deve seguir a linha dos estofados, sem ser muito maior, porque serve como uma espécie de limitação do espaço, com a parte da frente dos estofados sobre ele. Abaixo dois exemplos, um errado e um certo:

Aqui o tapete é muito pequeno para o tamanho da sala

Do tamanho certo, comportando a parte da frente da mobília e determinando os limites da sala

Uma coisa que também é comum, principalmente nos 'apertamentos' de hoje, é a mistureba de salas de jantar com estar. Geralmente esses ambientes são divididos na planta por uma linha imaginária, e cabe a você, na hora de decorar, definir o quê é o quê.

Aqui a moradora - leitora do blog - não quer abrir mão da mobília antiga, que divide espaço com a mesa de jantar sem nenhuma funcionalidade. Numa saleta anterior ela possui uma chaise, que fica virada para uma parede porque não cabe onde está a televisão. Quando me pediu ajuda, sugeri que comprasse um sofá menor para ficar em frente à TV e transferisse a mesa e as cadeiras para a saleta, dividindo os ambientes.

Cuidado também com o tamanho dos móveis da sala de jantar. Já ouviu aquela frase "não é porque entrou que cabe"?? Ela também serve para a mobília. Não é porque uma mesa 'coube certinho' que ela pode ser apropriada. Lembre que as pessoas sentam, levantam e circulam em volta da mesa. Portanto, é necessário um espaço extra para assegurar a funcionalidade.

Para um espaço pequeno e no meio da circulação do ambiente, o melhor é usar uma mesa redonda, que ocupa menos espaço em volta do seu eixo do que uma quadrada.

A mesa fica espremida entre a bancada e a porta, mas permite a circulação

Neste exemplo, que a mesa fica num lugar destacado porém não tão grande, o uso de espelho aumentou o ambiente e a mesa transparente se fundiu com as cadeiras

Espero ter ajudado com as dúvidas sobre arrumação de sala.
Até o próximo!